O belo relógio astronómico da Câmara Municipal de Praga data dos finais do séc. XV e é obra de Meister Hanus.
Segundo reza a lenda, Meister Hanus sabotou o relógio por não lhe terem pago, embora exista outra versão que diz que o motivo foi a decisão do Presidente da Câmara de o cegar para que não pudesse construir outro igual. Seja como for, o relógio não funcionou até 1572, quando alguém o conseguiu reparar.
Este relógio tem um engenhoso mecanismo em funcionamento. O esqueleto (a Morte) puxa uma corda e dá a volta a uma ampulheta. À direita, o turco (símbolo da Luxúria) mexe a cabeça, e à esquerda a Vaidade levanta um espelho, e a Avareza os seus sacos de dinheiro. Das janelas da parte superior saem 11 apóstolos, acompanhados por S. Paulo e guiados por S. Pedro.
Canta um galo e soam as badaladas.
Os círculos desenham a trajectória celeste dos planetas e a posição do Sol e da Lua no Zodíaco, e dão ainda a antiga hora da Boémia e a hora babilónica, para além da oficial.
De hora a hora, às 10, às 11 e por aí fora, uma multidão de gente em frente ao famoso relógio torce o pescoço, olha para cima e além das horas vê toda a animação que acontece.
Alguns, e são muitos, nem conseguem ver, porque estão mais entretidos a registar os momentos com as suas câmaras fotográficas compactas.
Outros vão lá, de hora a hora e em vez de olharem para o relógio viram-se para a multidão que fica fascinada com tudo aquilo que acontece…